Skip to main content

A proteção de infraestruturas críticas exige abordagens cada vez mais detalhadas e proativas. Recentemente, agências de cibersegurança de diferentes países, como a CISA e ASD’s ACSC, publicaram um guia abrangente sobre as melhores práticas para o registro de eventos em infraestruturas críticas. Esse documento busca auxiliar as empresas a aprimorarem suas estratégias de monitoramento e detecção de incidentes de segurança, um elemento crucial para proteger ambientes de Tecnologia Operacional (OT) e Controle Industrial (ICS).

O registro adequado de eventos cibernéticos fortalece a detecção de atividades maliciosas em tempo real e melhora a capacidade de resposta das equipes de segurança. O guia de melhores práticas destaca a importância de registros detalhados e estruturados, garantindo que as equipes de TI e OT possam correlacionar dados e detectar ameaças de forma proativa. Esse conceito se alinha diretamente às práticas da Munio Security, como mencionado em nossos artigos sobre monitoramento contínuo e gestão de ativos OT.

Por que o Registro de Eventos em Infraestruturas Críticas é Essencial?

Os registros de eventos, ou event logging, capturam atividades e transações nos sistemas e redes, permitindo que as equipes de segurança identifiquem tentativas de acesso não autorizado, ataques e vulnerabilidades em tempo real. Em ambientes de OT, onde a interrupção de sistemas pode gerar impactos severos em infraestruturas críticas, essa capacidade é ainda mais relevante.

Nos últimos anos, a complexidade dos ataques cibernéticos aumentou consideravelmente. O ransomware, por exemplo, continua a ser uma ameaça predominante, como discutido no artigo “Ransomware e Infraestruturas Críticas”. A visibilidade completa dos eventos em redes OT é essencial para prevenir grandes desastres.

O guia também enfatiza a necessidade de regras específicas para registros em sistemas OT, considerando a natureza singular dessas infraestruturas. O monitoramento contínuo, como destacamos no artigo “Gestão de Vulnerabilidades e Riscos”, é crucial para garantir a análise constante dos registros e a identificação precoce de ameaças.

Práticas Recomendadas pelo Guia de CISA e Outras Agências

O documento publicado pelas agências de cibersegurança internacionais oferece um conjunto de práticas recomendadas, das quais algumas são particularmente críticas para ambientes de OT:

  1. Automatização e Padronização dos Logs: Ao invés de depender de revisões manuais, o guia recomenda o uso de soluções automatizadas para o processamento dos registros. Isso facilita a análise eficiente de grandes volumes de dados e a rápida identificação de padrões anômalos que possam indicar uma violação de segurança.
  2. Priorização de Eventos: Diante da grande quantidade de eventos registrados diariamente, as empresas precisam priorizar os tipos de eventos que devem ser monitorados com mais atenção. Isso inclui tentativas de acesso a sistemas críticos, falhas de autenticação ou alterações em configurações sensíveis. A Munio Security defende o uso de soluções de monitoramento contínuo que priorizem essas ameaças emergentes.
  3. Integração de TI e OT: Como discutimos em nosso artigo “A Integração de TI e OT”, é essencial que as equipes de TI e OT trabalhem em conjunto para correlacionar eventos de ambas as redes. O guia enfatiza a importância de eliminar silos entre essas equipes, fortalecendo a resiliência contra ataques cibernéticos.
  4. Retenção de Logs e Conformidade: A retenção adequada de registros garante que as empresas possam investigar incidentes passados e cumprir com os requisitos regulatórios. Para as empresas brasileiras, o cumprimento das normas de segurança cibernética é prioritário, especialmente em infraestruturas críticas.
  5. Proteção e Confidencialidade dos Logs: Além de gerar e analisar os registros corretamente, o guia enfatiza a necessidade de proteger esses logs contra adulterações. Qualquer alteração indevida pode comprometer futuras investigações. A Munio Security assegura a proteção dos registros, mantendo a integridade dos dados.

Como o Brasil Pode Adotar Essas Melhores Práticas?

O cenário de cibersegurança no Brasil avançou, mas desafios permanecem, especialmente nas infraestruturas críticas. Setores como energia, transporte e telecomunicações enfrentam uma pressão crescente para proteger suas redes. O guia da CISA oferece um modelo que pode ser adaptado às organizações brasileiras, especialmente aquelas que lidam com infraestruturas críticas de sistemas de Tecnologia Operacional (OT) e de Controle Industrial (ICS), para aprimorar suas estratégias de segurança cibernética.

A adoção das diretrizes do guia da CISA, especialmente no que se refere ao registro de eventos em infraestruturas críticas, pode ajudar as organizações brasileiras a melhorar significativamente suas estratégias de segurança cibernética. Essa adoção deve ser adaptada às características e necessidades específicas das organizações no Brasil, considerando tanto o cenário regulatório quanto as particularidades de cada setor. Infraestruturas críticas, especialmente em energia e transportes, devem priorizar o registro de eventos como uma parte essencial de sua estratégia de cibersegurança, garantindo monitoramento contínuo e resposta rápida a incidentes.

No artigo “Reflexões sobre Avaliações de Segurança no Brasil”, abordamos como a digitalização crescente no país exige que as empresas invistam em ferramentas de monitoramento e gestão de incidentes. A implementação do registro de eventos em infraestruturas críticas será vital para aumentar a resiliência cibernética no Brasil, garantindo que as empresas possam reagir rapidamente a ameaças e cumprir com as regulamentações internacionais.

O Papel da Munio Security no Registro de Eventos em Infraestruturas Críticas

A Munio Security entende que o registro de eventos em infraestruturas críticas é uma das bases de qualquer estratégia robusta de cibersegurança. Além de monitoramento contínuo, ajudamos as empresas a implementar políticas de registro que proporcionam visibilidade total sobre suas redes OT e ICS. Essas práticas são fundamentais para garantir a detecção precoce de ameaças e a conformidade com normas internacionais, como a IEC 62443, assegurando que a governança e a segurança sejam integradas em todos os níveis.

Além disso, ajudamos na integração de soluções de Threat Intelligence, que correlacionam eventos de diferentes fontes, permitindo a identificação de ameaças nos estágios iniciais. Trabalhamos também com a conformidade regulatória, orientando as empresas a seguir os requisitos de registro e retenção de dados para investigações de segurança e auditorias. Isso não apenas fortalece a postura de cibersegurança, mas garante que as empresas estejam preparadas para auditorias e regulamentações.

Com uma abordagem integrada de governança e conformidade, a Munio Security ajuda as empresas de setores de infraestruturas críticas a seguir as melhores práticas globais, otimizando a detecção e resposta a incidentes.

Conclusão

O novo guia de melhores práticas para registro de eventos em infraestruturas críticas é uma ferramenta indispensável para empresas que buscam melhorar suas defesas cibernéticas. A implementação de um sistema eficaz de registros de eventos garante não apenas a detecção precoce de ameaças, mas também a conformidade com regulamentos e normas internacionais.

Com a crescente interconexão entre TI e OT, o Brasil deve adotar essas práticas para proteger suas infraestruturas críticas. A Munio Security está pronta para ajudar as empresas a implementar essas diretrizes, fortalecendo sua resiliência e garantindo a segurança contínua de suas operações.